sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Processo de Sinapse Química detalhado

O passo a passo da Sinapse Química, para garantir 3 pontos na prova de Neuro. 
Agora eu vi vantagem!


 Característica básicas
  • Utiliza compostos químicos
  • É unidirecional (parte da célula pré-sináptica para a pós sináptica e nunca o inverso).
  • São lentas, comparadas às elétricas.
  • Podem ser excitatórias ou inibitórias.
  • Não possui continuidade citoplasmática (os neurotransmissores são liberados num espaçamento entre as terminações nervosas das células pré e pós-sinápticas, espaçamento este, denominado FENDA SINÁPTICA).





  1. Inicia-se com a liberação de um potencial de ação por parte da célula pré-sináptica.
  2. A chegada do potencial de ação na terminação nervosa, viabilizará a abertura dos chamados canais de cálcio.
  3. A entrada de cálcio na célula, possibilitará uma força motora que, por sua vez impulsionará as vesículas sinápticas em direção à membrana terminal do terminal axonal.
  4. A fusão entre a vesícula sináptica e a membrana terminal (DIFUSÃO), possibilitará a liberação dos neurotransmissores (EXOCITOSE) na fenda sináptica.
A imagem abaixo ilustra a terminação nervosa no momento em que ocorre a DIFUSÃO (processo no qual a vesícula sináptica e a membrana terminal fundem-se), e a EXOCITOSE (processo no qual, os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica).


  1. Tais neurotransmissores, definidos como compostos químicos capazes de alterar funcionalmente ou morfologicamente as células pós-sinápticas, irão interagir apenas com seus receptores específicos.
  2. Caso o neurotransmissor envolvido seja despolarizante (EXCITATÓRIO), serão abertos canais que permitirão a entrada de íons positivos (ex: SÓDIO). Neste sentido, o potencial de repouso da célula será alterado, e caso o limiar de excitação seja ULTRAPASSADO, ocorrerá a liberação de um novo potencial de ação. Neste caso, temos uma SINAPSE DESPOLARIZANTE (EXCITATÓRIA). Que vincula-se ao aumento da probabilidade de liberação de um novo impulso nervoso (POTENCIAL DE AÇÃO).
  3. Caso o neurotransmissor seja inibitório (ex: GABA), canais que permitem a entrada de íons negativos serão abertos, e consequentemente, será reduzida a probabilidade da célula liberar um novo potencial de ação. Neste caso temos uma SINAPSE HIPERPOLARIZANTE (INIBITÓRIA).
  4. Paralelamente ao processo citado, três mecanismos regulatórios possibilitarão a estabilização do processo sináptico, são eles: 
  • Autorrecaptação
Processo no qual, os receptores contidos na célula pré-sináptica, sensíveis ao neurotransmissor liberado, recaptam esses compostos químicos o que possibilita o rearmazenamento.



  • Degradação enzimática
Processo no qual, enzimas específicas metabolizam parte dos neurotransmissores liberados e posteriormente os liberam na corrente sanguínea, para serem excretados pelo suor e pela urina.




  • Recaptação seletiva
Processo no qual, proteínas específicas recaptam os neurotransmissores liberados na fenda sináptica e possibilitam o rearmazenamento.




Aula de Neurociências (24/10/2013)

Bom dia pessoas!
Como havia prometido, o blog finalmente saiu do forno! 
Todos preparados para uma sinapse de conhecimento? haha
Como o conteúdo é extenso, vou postar aos poucos para não confundir nossas cucas.




Sinapse


  • Conceito



Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.
As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.
Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.
Diferentes tipos de sinapses podem ser diferenciados pelo critério de qual parte do neurônio é pós-sináptico em relação ao axônio terminal. Se a membrana pós-sináptica está em um dendrito, a sinapse é chamada axo-dendrítica. Se a membrana pós-sinpática está no corpo celular, a sinapse é chamada axo-somática. Em alguns casos a membrana pós-sináptica está em outro axônio, e essas sinapses são chamadas axo-axônicas. Em determinados neurônios especializados, os dendritos formam, na realidade, sinapses entre si, essas são as chamadas sinapses dendro-dendríticas (BEER; MARK, 2008).







  • Sinapse Neuromuscular

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.

A imagem abaixo é uma ilustração desse processo.





    Sinapse Elétrica



Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
Neste tipo de sinapse as células possuem um intimo contato através junções abertas ou do tipo gap que permite o livre transito de íons de uma membrana a outra, desta maneira o potencial de ação passa de uma célula para outra muito mais rápido que na sinapse química não podendo ser bloqueado. Ocorre em músculo liso e cardíaco, onde a contração ocorre por um todo em todos os sentidos.    


Sinapse Química


Acontece quando o potencial de ação, ou seja, impulso é transmitido através mensageiro químico, ou seja, neurotransmissores, que se liga a um receptor (proteína), na membrana pós-sinaptica, o impulso é transmitido em uma única direção, podendo ser bloqueado e em comparação com sinapse elétricas a sinapse química é muito mais lenta. Quase todas as sinapses do SNC são químicas.
Exemplo de neurotransmissores liberados nas sinapses químicas:

-GABA
-NORADRENALINA
-DOPAMINA
-ENDORFINA



  • Funcionamento de uma Sinapse Química

Na sinapse química o potencial de ação que está se movendo em ambos os lados na membrana quando chega na região adjacente a fenda sináptica, onde se encontram muitos canais de cálcio que através da despolarização da membrana se abrem liberando cálcio para dentro da célula. Este influxo de cálcio nas imediações da membrana pré sináptica  causará por atração iônica o movimento das vesículas com neurotransmissores na direção da
membrana pré sináptica onde os neurotransmissores serão liberados na fenda sináptica por exocitose. Na membrana pós sináptica existe um grande número de proteínas receptoras de neurotransmissores, estes receptores são canais iônicos permeáveis ao sódio (impulso excitatório) e cloreto (impulso inibitório).
Se os neurotransmissores ligarem-se aos canais iônicos permeáveis ao sódio, causará o influxo de sódio para dentro da célula o que consequentemente desencadeara um potencial de ação nesta célula. Se o neurotransmissor se liga a canais iônicos permeáveis ao cloreto, o que causa o influxo de cloreto para dentro da célula, o cloreto sendo um anion, não deixará que a célula gere um potencial de ação, ou seja, impulso inibitório.

figura_2_sinapses.jpg


















  •  Sinapse Despolarizante (Excitatória)

Sinapse excitatórias são aquelas onde a membrana pós-sináptica é despolarizada, como por exemplo, as sinapses entre neurônios motores e músculos esqueléticos, (EPSP). Isso acontece quando o efeito líquido da liberação do transmissor é para despolarizar a membrana, levando-o a um valor mais próximo do limiar elétrico para disparar um potencial de ação. Esse efeito  é tipicamente mediado pela abertura dos canais da membrana (tipos de poros que atravessam as membranas celulares para os íons cálcio e potássio (BEER & MARK, 2008).
Se houver em qualquer momento, um grau mais elevado de excitação do que de inibição do neurônio, então pode-se dizer que há um estado excitatório.
Há três diferentes tipos de neurônios aos níveis variáveis do estado excitatório; neurônio 1 tem baixo limiar de excitação, enquanto o neurônio 3 tem nível alto, enquanto o neurônio 2 observa-se que tem um nível de frequência máxima de carga enquanto o neurônio 3 tem a frenquência máxima mais alta.
Tem diferentes respostas de limiar de excitação com descarga altas amplas e diferentes pode-se facilmente  compreende a importância da existência dos neurônios de características de respostas para desempenhar diversas funções do sistema nervoso.

  • Sinapse Hiperpolarizante (Inibitória)
As sinapses inibitórias causam a hiperpolarização da membrana pós-sináptica.  As células pós-sinápticas das sinapses inibitórias apresentam canais de cloro ligante dependentes. Quando esses canais são ativados por um neurotransmissor, eles podem hiperpolarizar a membrana pós-sináptica. Assim há uma probabilidade menor de lançamento de um potencial de ação.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Aula de Língua Portuguesa (09/10/2013)


Novo acordo ortográfico.


Principais mudanças do Novo Acordo Ortográfico


TREMA

O trema deixou de existir em todas as palavras da língua portuguesa, se antes você escrevia conseqüência, cinqüenta, freqüência, agora passe a escrever sem o trema - aquele dois pontos em cima da letra U.


ACENTUAÇÃO

1.Ditongos de palavras paroxítonas - ei e -oi 
Deixaram de existir os acentos nos ditongos - o encontro de duas vogais pronunciadas em uma só sílaba, como por exemplo ideia (EI é um ditongo) - abertos de palavras paroxítonas (que possuem acentuação na penúltima sílaba) como: moreia, europeia, paranoia, centopeia e onomatopeia, joia, estreia.

2. Hiato
Deixaram de existir os acentos circunflexos nos hiatos - uma repetição de vogais que pertencem a sílabas diferentes, como por exemplo enjoo (as sílabas da palavra são en/jo/o) - nos seguinte casos:
Exemplos:
oo - entoo, perdoo e abençoo
ee - creem, releem e preveem 

Antes: Vôo -  Enjôo - Vêem - Lêem
Agora: Voo - Enjoo - Veem  - Leem

3. A letra U e I tônico

A letra U e I tonca deixa de ser acentuada nas sílabas que, qui, gue e gui de verbos como apaziguar, averiguar e obliquar. Também perdem os acentos as palavras paroxítonas que têm a letra I ou U tônicos precedidos por ditongos, como a palavra feiura, baiuca, cheiinho.

Antes: Feiúra - Baiúca 
Agora: Feirura - Baiuca 

4. Acento diferencial

Os acentos diferenciais, que são usados para distinguir duas palavras iguais com significados diferentes, como por exemplo pára (do verbo parar) e para (preposição)deixa de existir nos seguintes casos:

Para (verbo)
Pelo (substantivo) - que se diferencia da preposição pelo

Antes: Pára - Pêlo - Pólo - Pêra

Depois Para - Pelo - Polo - Pera

*Exceção
Como toda regra há exceção, o acento diferencia permanece:

Pôde (do verbo poder no passado), que mantém o acento para se distinguir de pode, o uso do verbo no presente;
Pôr (verbo), que mantém o acento para se diferenciar da preposição por.

5. ALFABETO

O alfabeto brasileiro ganha mais três letras, passando de 23 para 26 letras no total. Foram incluídos o K, o W e o Y.

A inclusão das novas letras não é totalmente uma novidade para o brasileiro. Elas já eram usadas em algumas situações, como siglas ou palavras originárias de outras línguas:
Exemplos:
km (abreviação de quilômetro), w (abreviação de watts), kg (abreviação de quilograma), kung fu, Washington, Kaiser e Franklyn.

6. HÍFEN

De todas as mudanças na nova ortografia, as mais complexas e onde todos estão tendo mais dificuldades é onde o hífen deixou ou não de ser usado.

Quando usar e não usar o hífen:

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano

Exceçãosubumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno  

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-versa etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elementocomeça por r ou sNesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom

Exceção: guarda-roupa, apesar de  terminar com vogal e o segundo elemento começar com r neste caso não se usa guardarroupa, o r não se duplica, porque guarda não é um prefixo é uma palavra, uma forma verbal e portanto, fora desta regra.

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefixo termina por consoanteusa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção: - Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
*Com o prefixo subusa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. * Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por mn e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos:
amoré-guaçu,
anajá-mirim,
capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen  para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
ponte Rio-Niterói,
eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé



Próxima aula, continuação do novo acordo.