quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Aula de Língua Portuguesa (09/10/2013)


Novo acordo ortográfico.


Principais mudanças do Novo Acordo Ortográfico


TREMA

O trema deixou de existir em todas as palavras da língua portuguesa, se antes você escrevia conseqüência, cinqüenta, freqüência, agora passe a escrever sem o trema - aquele dois pontos em cima da letra U.


ACENTUAÇÃO

1.Ditongos de palavras paroxítonas - ei e -oi 
Deixaram de existir os acentos nos ditongos - o encontro de duas vogais pronunciadas em uma só sílaba, como por exemplo ideia (EI é um ditongo) - abertos de palavras paroxítonas (que possuem acentuação na penúltima sílaba) como: moreia, europeia, paranoia, centopeia e onomatopeia, joia, estreia.

2. Hiato
Deixaram de existir os acentos circunflexos nos hiatos - uma repetição de vogais que pertencem a sílabas diferentes, como por exemplo enjoo (as sílabas da palavra são en/jo/o) - nos seguinte casos:
Exemplos:
oo - entoo, perdoo e abençoo
ee - creem, releem e preveem 

Antes: Vôo -  Enjôo - Vêem - Lêem
Agora: Voo - Enjoo - Veem  - Leem

3. A letra U e I tônico

A letra U e I tonca deixa de ser acentuada nas sílabas que, qui, gue e gui de verbos como apaziguar, averiguar e obliquar. Também perdem os acentos as palavras paroxítonas que têm a letra I ou U tônicos precedidos por ditongos, como a palavra feiura, baiuca, cheiinho.

Antes: Feiúra - Baiúca 
Agora: Feirura - Baiuca 

4. Acento diferencial

Os acentos diferenciais, que são usados para distinguir duas palavras iguais com significados diferentes, como por exemplo pára (do verbo parar) e para (preposição)deixa de existir nos seguintes casos:

Para (verbo)
Pelo (substantivo) - que se diferencia da preposição pelo

Antes: Pára - Pêlo - Pólo - Pêra

Depois Para - Pelo - Polo - Pera

*Exceção
Como toda regra há exceção, o acento diferencia permanece:

Pôde (do verbo poder no passado), que mantém o acento para se distinguir de pode, o uso do verbo no presente;
Pôr (verbo), que mantém o acento para se diferenciar da preposição por.

5. ALFABETO

O alfabeto brasileiro ganha mais três letras, passando de 23 para 26 letras no total. Foram incluídos o K, o W e o Y.

A inclusão das novas letras não é totalmente uma novidade para o brasileiro. Elas já eram usadas em algumas situações, como siglas ou palavras originárias de outras línguas:
Exemplos:
km (abreviação de quilômetro), w (abreviação de watts), kg (abreviação de quilograma), kung fu, Washington, Kaiser e Franklyn.

6. HÍFEN

De todas as mudanças na nova ortografia, as mais complexas e onde todos estão tendo mais dificuldades é onde o hífen deixou ou não de ser usado.

Quando usar e não usar o hífen:

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano

Exceçãosubumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.
Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco

Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.
Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno  

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.
Exemplos: vice-rei, vice-almirante, vice-versa etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elementocomeça por r ou sNesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom

Exceção: guarda-roupa, apesar de  terminar com vogal e o segundo elemento começar com r neste caso não se usa guardarroupa, o r não se duplica, porque guarda não é um prefixo é uma palavra, uma forma verbal e portanto, fora desta regra.

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefixo termina por consoanteusa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante.
Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção: - Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
*Com o prefixo subusa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc. * Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por mn e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos:
amoré-guaçu,
anajá-mirim,
capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen  para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.
Exemplos:
ponte Rio-Niterói,
eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé



Próxima aula, continuação do novo acordo. 

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