sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Aula de Neurociências (24/10/2013)

Bom dia pessoas!
Como havia prometido, o blog finalmente saiu do forno! 
Todos preparados para uma sinapse de conhecimento? haha
Como o conteúdo é extenso, vou postar aos poucos para não confundir nossas cucas.




Sinapse


  • Conceito



Um impulso é transmitido de uma célula a outra através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar). A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células. Estas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais, musculares ou glandulares.
As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses simultâneas.
Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam. Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço sináptico ou fenda sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina (ou epinefrina), a noradrenalina (ou norepinefrina), a dopamina e a serotonina.
Diferentes tipos de sinapses podem ser diferenciados pelo critério de qual parte do neurônio é pós-sináptico em relação ao axônio terminal. Se a membrana pós-sináptica está em um dendrito, a sinapse é chamada axo-dendrítica. Se a membrana pós-sinpática está no corpo celular, a sinapse é chamada axo-somática. Em alguns casos a membrana pós-sináptica está em outro axônio, e essas sinapses são chamadas axo-axônicas. Em determinados neurônios especializados, os dendritos formam, na realidade, sinapses entre si, essas são as chamadas sinapses dendro-dendríticas (BEER; MARK, 2008).







  • Sinapse Neuromuscular

A ligação entre as terminações axônicas e as células musculares é chamada sinapse neuromuscular e nela ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração muscular.

A imagem abaixo é uma ilustração desse processo.





    Sinapse Elétrica



Em alguns tipos de neurônios, o potencial de ação se propaga diretamente do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico, sem intermediação de neurotransmissores. As sinapses elétricas ocorrem no sistema nervoso central, atuando na sincronização de certos movimentos rápidos.
Neste tipo de sinapse as células possuem um intimo contato através junções abertas ou do tipo gap que permite o livre transito de íons de uma membrana a outra, desta maneira o potencial de ação passa de uma célula para outra muito mais rápido que na sinapse química não podendo ser bloqueado. Ocorre em músculo liso e cardíaco, onde a contração ocorre por um todo em todos os sentidos.    


Sinapse Química


Acontece quando o potencial de ação, ou seja, impulso é transmitido através mensageiro químico, ou seja, neurotransmissores, que se liga a um receptor (proteína), na membrana pós-sinaptica, o impulso é transmitido em uma única direção, podendo ser bloqueado e em comparação com sinapse elétricas a sinapse química é muito mais lenta. Quase todas as sinapses do SNC são químicas.
Exemplo de neurotransmissores liberados nas sinapses químicas:

-GABA
-NORADRENALINA
-DOPAMINA
-ENDORFINA



  • Funcionamento de uma Sinapse Química

Na sinapse química o potencial de ação que está se movendo em ambos os lados na membrana quando chega na região adjacente a fenda sináptica, onde se encontram muitos canais de cálcio que através da despolarização da membrana se abrem liberando cálcio para dentro da célula. Este influxo de cálcio nas imediações da membrana pré sináptica  causará por atração iônica o movimento das vesículas com neurotransmissores na direção da
membrana pré sináptica onde os neurotransmissores serão liberados na fenda sináptica por exocitose. Na membrana pós sináptica existe um grande número de proteínas receptoras de neurotransmissores, estes receptores são canais iônicos permeáveis ao sódio (impulso excitatório) e cloreto (impulso inibitório).
Se os neurotransmissores ligarem-se aos canais iônicos permeáveis ao sódio, causará o influxo de sódio para dentro da célula o que consequentemente desencadeara um potencial de ação nesta célula. Se o neurotransmissor se liga a canais iônicos permeáveis ao cloreto, o que causa o influxo de cloreto para dentro da célula, o cloreto sendo um anion, não deixará que a célula gere um potencial de ação, ou seja, impulso inibitório.

figura_2_sinapses.jpg


















  •  Sinapse Despolarizante (Excitatória)

Sinapse excitatórias são aquelas onde a membrana pós-sináptica é despolarizada, como por exemplo, as sinapses entre neurônios motores e músculos esqueléticos, (EPSP). Isso acontece quando o efeito líquido da liberação do transmissor é para despolarizar a membrana, levando-o a um valor mais próximo do limiar elétrico para disparar um potencial de ação. Esse efeito  é tipicamente mediado pela abertura dos canais da membrana (tipos de poros que atravessam as membranas celulares para os íons cálcio e potássio (BEER & MARK, 2008).
Se houver em qualquer momento, um grau mais elevado de excitação do que de inibição do neurônio, então pode-se dizer que há um estado excitatório.
Há três diferentes tipos de neurônios aos níveis variáveis do estado excitatório; neurônio 1 tem baixo limiar de excitação, enquanto o neurônio 3 tem nível alto, enquanto o neurônio 2 observa-se que tem um nível de frequência máxima de carga enquanto o neurônio 3 tem a frenquência máxima mais alta.
Tem diferentes respostas de limiar de excitação com descarga altas amplas e diferentes pode-se facilmente  compreende a importância da existência dos neurônios de características de respostas para desempenhar diversas funções do sistema nervoso.

  • Sinapse Hiperpolarizante (Inibitória)
As sinapses inibitórias causam a hiperpolarização da membrana pós-sináptica.  As células pós-sinápticas das sinapses inibitórias apresentam canais de cloro ligante dependentes. Quando esses canais são ativados por um neurotransmissor, eles podem hiperpolarizar a membrana pós-sináptica. Assim há uma probabilidade menor de lançamento de um potencial de ação.

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